Artes Marciais no Ocidente
José Augusto Maciel Torres
 
 
    Somente houve marcialidades no Oriente?A resposta é “não”.O Ocidente tem também acoplado a sua cultura e Historicidade um bom número de manifestações marciais. Porém, diferentes dos orientais, não tivemos uma valorização histórica da nossa marcialidade, deixando-a desconhecida para nosso povo. O Oriente sempre teve as artes marciais relacionadas sua  cultura, filosofia e principalmente à religiosidade, colocando-as como destaque social. No Ocidente a religião era o primeiro ponto que criava uma barreira para as artes marciais, pois afirmava que o corpo deveria ser desvalorizado e somente o espírito valorizado. E não esclarecia que a belicidade marcial bem conduzida espiritualmente serviria para a evolução, como é no Oriente. Nossos pensadores, filósofos e teólogos, afirmavam que os combates físicos somente deixavam a espiritualidade pobre.
    Na verdade a parte belica das artes marciais, sem o burilamento espiritual, a fará uma arma desenfreada ao seriviço do homem. Daí, se os religiosos, filósofos e os intelectuais do ocidente tivessem defendido a interligação das artes marciais com a espiritualidade, muitos benefícios sociais teríamos tido. Mas os conceitos, ou melhor, “preconceitos”, da cultura ocidental nos ensinou que o corpo, espírito e mente jamais se acoplam. Quem desenvolve a parte somática não tem condições de avançar mental e/ou espiritualmente. Uma idade média teocêntrica e depois uma idade moderna antropocêntrica nos fez ter somente idéias de desvalorização somática. Algo que as teorias mais avançadas da cientificidade do corpo e da mente discordam. Levando-nos a crer por meios de provas científicas que o corpo e a mente são “unos”.
     As civilizações do Ocidente também são antiqüíssimas. Daí concluímos que as artes marciais no Ocidente também são muito antigas. A marcialidade no Ocidente tem diversas referências feitas em vários documentos do passado tais como os poemas de Edda Nórdicos de Soemud a Snorr, os Nibelunaos Germânicos, o Kalevala da Epopéia Finlandesa, os poemas historicistas de Hesiada e Homero, a Eneida de Virgílio, as Metamorfose de Ovídio, a canção de Rolando, do período medieval, o também medieval Orlando Furioso do italiano Ludovico Ariosto. Além destas, inúmeras outras citações marciais são feitas em documentos da idade medieval, iluminismo, cultura barroca, idade antiga Ocidental etc.
     A Grécia foi a “mãe” do pensar filosófico e conseqüentemente Ocidental. Na Grécia a filosofia surgiu da mitologia e procurando a razão por meio do primeiro filósofo oficial, o Thales de Mileto. Ainda neste país que se caracterizou pelas suas diversas Cidades-Estados, onde ,segundo conceituados historiadores ,a filosofia floresceu por causa da sua evolução econômica que oferecia condições de haver dedicações filosóficas e metafísicas no lugar de tentativas de equilíbrios financeiros. A Grécia foi onde surgiu a própria palavra filosofia que significa “AMIGO DA SABEDORIA”,sendo Pitágoras o primeiro homem a empregar este termo, visto que um rei questionando-o sobre sua sabedoria recebeu de Pitágoras a resposta de que “não era uma sábio” e sim um “ amigo da sabedoria”. Com toda esta “aura” filosófica e da constante procura da     “razão pela razão”, a Grécia acreditava e valorizava a virilidade humana, defendida pelos grandes filósofos gregos, permitindo até mesmo os combates físicos entre as mulheres.
O interessante era que os combates físicos entre as mulheres eram algo normal e altamente esportista. As lutas, em sua maioria, somente eram permitidas entre as mulheres virgens e nuas. Em Esparta, na Grécia antiga, os combates entre mulheres virgens lotavam estádios e faziam o povo adorar a esportividade.Os homens não tinham nenhum desejo sexual e sim bélico e esportivo. Os ginásios espartanos eram repletos de homens e mulheres que treinavam diariamente, em separado, com a finalidade de se fortalecerem fisicamente para as disputas públicas que atraíam inúmeros amantes deste combates.
    As modalidades de combate mais populares na Grécia antiga eram o Pancrácio, cuja prática era feita em duas modalidades, a voluntária, a meia altura do chão e a vertical, em pé,o Acroquismo era feito usando os dedos dos adversários e torcendo-os, obrigando-o a cair ou no mínimo se ajoelhar; além desta modalidade era muito popular entre este povo o Pugilato (semelhante ao boxe). Muitos golpes eram usados nos combates gregos com destaques para: Anghein (cortar a respiração), Apopnighein (estragementos); Trsquetelixein (torcedura do pescoço), entre outros.
     Uma das características das lutas gregas era que os lutadores faziam combates nus com os corpos cobertos com óleos especialmente preparados, pois assim dificultavam o ataque e agarramento do adversário e se protegiam do calor durante os combates. O pugilato, segundo diversos historiadores da cultura grega, foi uma das lutas mais antigas do Ocidente; sendo seu surgimento anterior até mesmo a Guerra de Tróia.Chegando-se a levar alguns pesquisadores a afirmar que o Pugilato é tão antigo pelo fato de que antes de qualquer condicionamento físico era obrigatório ao guerreiro conhecer os ataques e defesas feitos em combates sem armas.
     Os pesquisadores da cultura Greco-romana afirmam que os heróis Amico e Epeo Foram os responsáveis pela iniciação do Pugilato grego. Isto até é citado nos escritos do pensador grego Platão. Amico, famoso rei dos Bebricos, por todos, em tempos antigos, era respeitado e temido pela sua força física e destreza em combates físicos. Era muito popular pelo fato de obrigar os forasteiros que chegavam a seu reino a lutar corpo a corpo, derrotando-os sempre. Porém, durante uma luta com o argonauta Polluxm, o imbatível, Amico foi derrotado, pois Polluxm Tinha desenvolvido uma nova forma de combate com os punhos onde havia uma unificação entre corpo e a mente, fazendo-se uso constante da habilidade intelectual para definir os golpes corporais.
     Epeo foi quem aperfeiçoou o novo estilo que teve o nome de Pugilato. Epeo ficou famoso historicamente no Ocidente, não por ter sido o aperfeiçoador do Pugilato, mas por ter sido o idealizador do famoso cavalo de Tróia, conhecido historicamente por todos nós. Um dos maiores feitos de Epeo foi ter introduzido o pugilato no meio dos exercícios atléticos dos guerreiros gregos, popularizando-o. Isto foi conseguido por Epeo com apoio do seu grande amigo, o Érico.
     A popularidade do Pugilato foi rapidamente expandida, surgindo então dois modos para o combate, um era feito com a cabeça e punhos descobertos. No outros punhos eram cobertos com faixas e luvas que eram amarradas com tiras de couro, protegendo a cabeça com protetores de cobre.
     A mitologia helênica nos aponta o Pancrácio com uma luta antiqüissima da cultura grega. Segundo as lendas o Pancrácio foi dado aos homens pelo Deus Hermes que trouxe o Olimpo. A etimologia da palavra Pancrácio significava “dominar tudo e todos”. Com esta luta, se objetivava ter o pleno domínio de todas as coisas existentes no universo. Nas lutas envolvendo o Pancrácio se fazia uso de golpes de pernas, mãos, joelhos, pés e demais partes do corpo humano. Nenhuma parte do corpo era desprezada nestes combates. A violência do Pancrácio tornou muito popular e lotava os ginásios gregos, além de atrair muitos adeptos para a sua prática.
     Em cada ginásio em que eram realizados os combates com esta modalidade de luta havia uma enorme estátua do Deus Hermes, criador mitológico desta arte marcial. Esta estátua de Hermes representava a proteção divina dos estádios pelos deuses do Olimpo.
     No período medieval os famosos cavaleiros das cruzadas, tinham uma enorme perícia nas armas brancas. Mas também tinham inúmeros conhecimentos belicistas dos corpo a corpo. Estes guerreiros medievais acoplaram o antigo pugilato ao Kick (técnica inglesa de combate corporal que usa os pés durante as lutas), com o Savate (método de luta francesa que faz uso dos pés e dos punhos semelhando-se ao boxe ortodoxo) e do Borzaghino (método de combate pelos cavaleiros italianos). Infelizmente nossos livros de história são diferentes dos do Oriente. Nós escondemos as nossas relações marciais, enquanto os orientais em sua literatura filosófica e historicista valorizam os feitos marciais e os seus valores éticos, pondo-os como princípios de harmonia entre o corpo, a mente e o espírito. Mas se pesquisarmos com cuidado e atenção, descobriremos uma enormidade de citações de atividades marciais nos diversos momentos históricos do ocidente.
     A corte inglesa do Rei Alfredo era cultuadora do boxe e do Kick inglês. O Rei Ricardo Coração de Leão foi famoso pelas suas perícias marciais em combate corpo a corpo. Outro famoso lutador foi o Rei Brito, primeiro monarca dos bretões. Na Europa Medieval, muito influentes foram às figuras dos corpos de elite marciais que eram os Cavaleiros da Távola Redonda, os Cruzados, os Templários, os Cântaros, os Albigenses, os Condottieri italianos e os Cavaleiros Teutônicos. Esses Cavaleiros Medievais eram excelentes lutadores com lanças, o escudo, a espada e também corpo a corpo, fazendo constante uso da marcialidade nos combates físicos. O interessante era que esses cavaleiros também tinham tido uma formação moral e conseqüentemente uma doutrinação esotérica relacionada às atividades belicistas marciais. Uma rígida postura militar tinha ao seu lado uma forte influência teísta cristã. Além disso havia o respeito a outros cultos religiosos, não criativos, tais como o Gnosticismo dos templários, que era um culto solar com raízes pré- cristãs. Princípios ocultistas levaram um nobre a tocar com a espada a proferir algumas palavras´´ iniciáticas ´´ e daí a iniciativa com o cavaleiro. As sete disciplinas nobres do guerreiro o faziam um exemplo social; é importante frisar que “Sete” é um número altamente esoterista. As setes disciplinas do cavaleiro eram: a arte de montar; o bem uso do arco e flecha; habilidade em subir escadas, árvores etc; Salto à distância; serviços de mesa, danças e conhecimentos dos jogos; habilidades em lutas com a espada e corpo a corpo; profundo conhecimento das táticas de lutas corporais que eram Pugilato, luta Greco- Romana e o Pancrácio. O início do treinamento do guerreiro era feito aos sete anos e findava aos quatorze anos e findava aos quatorze anos. Desta idade em diante o cavaleiro era moldado para a intelectualidade e as doutrinas espirituais. Aprendendo então as Línguas latinas e gregas, conhecimentos morais e sociais.
     Neste breve apanhado historicista podemos então ter a certeza de que o Ocidente também se fez forte em se tratando de marcialidades e evoluções espirituais aliadas a elas. Com isso podemos confirmar o quanto foram importantes as artes marcias na cultura ocidental.

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14 de Junho, 3º Módulo Curso de Hwarang Kumdo, Porto Alegre, inscrição até 1º de junho.
21 de junho, EXAME DE FAIXA – CETE. Inscrição até 10 de junho.
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